Em Joel 1 uma praga de gafanhotos devasta a terra de Judá. Esse é o cenário para um chamado de arrependimento do seu povo. O dia de Juízo e salvação do Senhor e que conclama a todos ao arrependimento.
A cidade destruída como também as suas plantações é o cenário onde o profeta Joel é levantado para abrir os olhos e o entendimento daquela situação em que a cidade vivia.
Não se sabe muito sobre o profeta mas devido a sua preocupação com Judá e Jerusalém pode ser que ele era morador do reino do sul.
Joel 1 Estudo: Esboço Bíblico
A carestia causada pelo gafanhoto e pela seca (Joel 1:1-20)
A carestia causada pelo gafanhoto e pela Seca (Joel 1:1-20)
1 Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
Comentário: A palavra do Senhor dirigida garante a origem divina da mensagem do profeta Joel.
O nome Joel significa O senhor é Deus.
2 Ouvi isto, vós, velhos, e escutai, todos os habitantes da terra: Aconteceu isto em vossos dias? Ou nos dias de vossos pais?
3 Narrai isto a vossos filhos, e vossos filhos o façam a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.
Comentário: A calamidade de um passado recente não estava na lembrança do povo. O profeta conclama aos pais para fazer lembrá-los dos acontecimentos do passado.
4 O que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor.
Comentário: Vários estudiosos da bíblia interpretam o enxame de gafanhotos como os exércitos estrangeiros que atacaram Judá em ondas sucessivas. Foram os Assírios, a babilônia, a Grécia e a Roma.
Também na lei de Moisés prometia pragas de gafanhotos como juízo pela desobediência do povo a Deus e a sua aliança (Deuteronômio 28:38-42). A descrição do profeta Joel aos prejuízos deixados pelos gafanhotos testemunha esse tipo de praga. Uma impressão de devastação avassaladora.
5 Ébrios, despertai-vos e chorai; uivai, todos os que bebeis vinho, por causa do mosto, porque está ele tirado da vossa boca.
Comentário: As vinícolas foram destruídas e a vinha se perdera.
6 Porque veio um povo contra a minha terra, poderoso e inumerável; os seus dentes são dentes de leão, e ele tem os queixais de uma leoa.
Comentário: Povo contra se refere ao enxame de gafanhotos de forma literal ou figurado. Pois chegaram de maneira tal como um grande exército.
7 Fez de minha vide uma assolação, destroçou a minha figueira, tirou-lhe a casca, que lançou por terra; os seus sarmentos se fizeram brancos.
Comentário: Sarmentos que significa ramos das arvores. Elas foram despidas pelos dentes serrilhados dos gafanhotos e ficaram destroçados e embranquecidos.
8 Lamenta com a virgem que, pelo marido da sua mocidade, está cingida de pano de saco.
Comentário: A imagem da jovem noiva cingida com saco era um sinal de luto para Israel.
9 Cortada está da Casa do Senhor a oferta de manjares e a libação; os sacerdotes, ministros do Senhor, estão enlutados.
Comentário: Libação era a oferta de vinho que acompanhavam os sacrifícios matinais e vespertinos dos sacerdotes (Êxodo 29:38-41).
A desolação impedia de oferecer os sacrifícios na casa dos Senhor.
10 O campo está assolado, e a terra, de luto, porque o cereal está destruído, a vide se secou, as olivas se murcharam.
Comentário: A terra estava triste porque as três principais colheitas que produzia cereais, uvas e azeitonas foram destruídas (Deuteronômio 7:13 e Salmos 104:15).
11 Envergonhai-vos, lavradores, uivai, vinhateiros, sobre o trigo e sobre a cevada, porque pereceu a messe do campo.
12 A vide se secou, a figueira se murchou, a romeira também, e a palmeira e a macieira; todas as árvores do campo se secaram, e já não há alegria entre os filhos dos homens.
Comentário: O povo aguardava a colheita, mas devido o desastre das pragas também a alegria se secou.
13 Cingi-vos de pano de saco e lamentai, sacerdotes; uivai, ministros do altar; vinde, ministros de meu Deus; passai a noite vestidos de panos de saco; porque da casa de vosso Deus foi cortada a oferta de manjares e a libação.
Comentário: O profeta Joel lembra aos líderes da nação que para serem abençoados requer arrependimento diante de Deus (Deuteronômio 30:1-5 e 2 Crônicas 7:14).
Deus está pronto e não furtará de abençoar aqueles que realmente se arrependerem de seus pecados.
14 Promulgai um santo jejum, convocai uma assembleia solene, congregai os anciãos, todos os moradores desta terra, para a Casa do Senhor , vosso Deus, e clamai ao Senhor .
15 Ah! Que dia! Porque o Dia do Senhor está perto e vem como assolação do Todo-Poderoso.
Comentário: O dia do Senhor refere-se a época de juízo e libertação. Joel via a praga como dia de juízo contemporâneo e que servia como aviso prévio de no futuro o dia do Senhor seria ainda mais tremendo.
16 Acaso, não está destruído o mantimento diante dos vossos olhos? E, da casa do nosso Deus, a alegria e o regozijo?
Comentário: Houve perda repentina dos alimentos como também se perdeu a alegria da adoração na casa do Senhor.
17 A semente mirrou debaixo dos seus torrões, os celeiros foram assolados, os armazéns, derribados, porque se perdeu o cereal.
Comentário: O profeta indica a devastação profunda e a incapacidade de replantar no ano seguinte.
18 Como geme o gado! As manadas de bois estão sobremodo inquietas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão perecendo.
19 A ti, ó Senhor , clamo, porque o fogo consumiu os pastos do deserto, e a chama abrasou todas as árvores do campo.
20 Também todos os animais do campo bramam suspirantes por ti; porque os rios se secaram, e o fogo devorou os pastos do deserto.
Comentário: Não somente o povo de Judá sofreu como também os animais, os rebanhos e vacas.
O profeta retrata poeticamente o lamento de fome e aflição dos animais.
Clamo. Joel acrescenta a sua própria voz os sentimentos dos feras, o choro dos ébrios e o luto dos sacerdotes. Pois ele não era insensível mesmo fazendo parte daquela comunidade e como observador atento ao sofrimento do seu povo.
Joel 1:1-20
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