Altar do sacrifício: tabernáculo e o holocausto

Você já ouviu falar sobre o altar do sacrifício? No altar do holocausto, o povo israelita realizava a expiação do seu pecado para se aproximar do Senhor no tabernáculo.

Vamos entender tudo que cercava esse momento de sacrifício e ofertas ao Senhor.

O que era o tabernáculo

O tabernáculo era um lugar para habitação de Deus. E diz o Senhor…

“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis”. (Êxodo 25:8,9)

O tabernáculo era o símbolo da presença de Deus entre o povo israelita. Foi um projeto que nasceu no coração de Deus. A vontade dele de se relacionar com o seu povo.

O tabernáculo foi um santuário construído em pleno deserto para que o Senhor se manifestasse em meio a Israel.

Deus elaborou toda engenharia e a arquitetura de mais pura beleza e qualidade. E entregou nas mãos de Moisés a relação de materiais que deveria utilizar e as pessoas capacitadas de conhecimento e habilidades para a construção do tabernáculo do Senhor.

O tabernáculo representa o protótipo da igreja de Cristo, na qual Deus habita e manifesta sua glória ao seu povo.

O sacrifício já foi realizado e é eterno. O sacerdote cumpriu a expiação entrando no santo dos santos de uma vez por toda e intercede por nós. E a Ele, Jesus Cristo,  prestamos culto e adoração.

Como era essa arquitetura do tabernáculo?

O tabernáculo tinha uma área medindo 50 metros de comprimento e 25 metros de largura. Era cercado por uma cortina de linho fino branco com a porta de entrada na oriental.

Ele era uma tenda portátil com armação de madeira e suportes de bronze.

O santuário consistia em três partes:

1. Átrio exterior – Envolvido por uma cortina apoiadas em pilares. A entrada era pelo lado oriental.
2. Altar Sacrifício (altar de bronze) – Estava dentro do átrio de frente para a entrada.
3. O tabernáculo propriamente dito – Ficava da parte ocidental do Átrio. Dividido por um véu ou cortina, formando duas câmeras.

A primeira câmera era chamada de Lugar Santo. Continha ali à mesa, o candelabro e o altar de incenso. Somente o sacerdote era permitido entrar nesta parte.

A segunda câmera, ao fundo, era chamada de Santos dos santos. Continha nesta parte à arca da aliança. Somente o sumo sacerdote poderia entrar no santo dos santos. E a entrada era realizada uma vez por ano, no dia da expiação.

O que era o altar do holocausto

No antigo testamento, os israelitas ofereciam sacrifícios pelos seus pecados. E o local de realização dos sacrifícios era no altar do holocausto.

Os pecados eram expiados através do derramamento de sangue de um animal escolhido.

Não importava a condição de uma pessoa, sem o derramamento de sangue não havia perdão.

“Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma”. Levítico 17:11

O termo holocausto tem o significado de “ascendente ou aquilo que sobe”. No holocausto o sacerdote sacrificava várias ofertas a Deus. Ele oferecia sacrifício pelos seus próprios pecados e também pelos pecados do povo.

A fumaça das ofertas queimadas no holocausto exalava um cheiro suave ao Senhor. Levitico 1:09

Representação do sacrifício de Cristo

Os animais escolhidos para o sacrifício eram machos e podiam ser um bode, um carneiro ou pombinho.

O altar do holocausto representava o calvário de Cristo. O único caminho da salvação do pecador. Jesus é a figura exata . O cordeiro de Deus fez-se oferta para expiar todo o pecado de uma única vez de toda a humanidade.

Jesus ofereceu seu corpo e sangue no calvário representando o lugar do holocausto.

Deus enviou o seu filho unigênito para morrer em nosso lugar fazendo-se sacrifício perfeito ao Senhor por cada um de nós. (João 3:16)

No holocausto a misericórdia de Deus se manifestava para sacrifício e perdão do povo.

Ali as ofertas eram oferecidas a Deus. E umas eram para perdão dos pecados do sacerdote e outras para perdão do povo.

O holocausto era um meio para que os povos israelitas fossem aceitos e perdoados diante de Deus.

Hoje basta somente a fé em Jesus Cristo para alcançar a salvação de Deus.

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,
Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” Hebreus 9:27,28

Como era o altar do holocausto

O altar do holocausto é o primeiro elemento após o portão de entrada do tabernáculo. Sua construção mostrava a qualidade que Deus exigia da sua obra.

O lugar do sacrifício foi feito de madeira de acácia e revestido de bronze. O formato quadrado medindo 2,25 metros de comprimento, 2,25 metros de largura e 1,35 metros de altura.

Os componentes e utensílios (todos de bronze) usados no serviço do altar eram:

• Caldeiras
• Pás
• Bacias
• Garfos
• Braseiros
• Grelhas: feitas com quatro argolas para cada lado da grelha com suporte de encaixe das varas para o transporte
• 4 Chifres
• Varais

Apresentava quatro pontos em forma de chifres. Estes ajudavam o sacerdote na administração do cerimonial, pois os animais preso em um desses chifres depois ser sacrificado.

Todo dia, ao menos duas vezes, pela manhã e ao entardecer os sacerdotes ofereciam a Deus sacrifício em favor de si mesmo e em favor do povo, ofertas totalmente queimadas sobre o altar.

O holocausto indica o caminho de salvação. Fora do altar não havia outro meio de se aproxima de Deus. E o sacrifício ali prestado o pecador tem seus pecados expiados.

Os 4 elementos: O altar, o pecador, o animal inocente e o sacerdote eram o meio que Deus reconciliava com o seu povo.

Tudo configura o sacrifício de Jesus Cristo na Cruz.

O holocausto a cruz. O animal inocente a Jesus Cristo. Você e Eu o pecador. E o sacerdote é o próprio Jesus ressurreto que intercede por nós. Ele é único caminho que leva a Deus.

Em Jesus se encontra a maravilhosa graça de Deus sobre a humanidade. Por isso cheguemos a ele com sacrifício vivo, coração sincero e cheio de fé.

Como era feito o sacrifício no altar do holocausto

Transferência de Culpa

No altar o transgressor impunha suas mãos sobre a cabeça do animal oferecido em sacrifício expiatório.

“Quando alguma pessoa pecar, e transgredir contra o Senhor, e negar ao seu próximo o que lhe deu em guarda, ou o que deixou na sua mão, ou o roubo, ou o que reteve violentamente ao seu próximo, (Levítico 6:2)

E a sua expiação trará ao Senhor: um carneiro sem defeito do rebanho, conforme à tua estimação, para expiação da culpa trará ao sacerdote;
E o sacerdote fará expiação por ela diante do Senhor, e será perdoada de qualquer das coisas que fez, tornando-se culpada.” ( Levítico 6:6,7)

Esse animal era queimado sobre o altar em oferta suave ao Senhor. Ocorria a total entrega do animal em sacrifício expiatório para que a culpa do pecado fosse removida e o ofertante o perdão de Deus.

Quais animais eram aceitos como oferta e sacrifício?

Os animais oferecidos sobre o altar eram bois, ovelhas, bodes, cordeiros, aves.

Para Deus não existia distinção de pessoas, cada um oferecia sua oferta de acordo com as sua possibilidades. Os mais ricos ofereciam bois, ovelhas e bodes. E os pobres ofereciam aves, bombas e rolinhas.  Traziam os animais que estavam dentro de suas condições financeiras.

Não importava a condição do ofertante desde que custasse algo perante de Deus.

A oferta era um modo de expressão da sua condição diante de Deus. O que Ele queria é mudança que acontecia no coração de cada ofertante perante o altar.

O corpo e sangue do animal inocente era a vitima a ser sacrificada no lugar do pecador. O lugar de punição de todo ato pecaminoso.  E sobre o animal era colocado a culpa e nele a expiação de todos no arraial.

O holocausto era uma figura do que seria o calvário de Cristo. Ele tomou o nosso lugar e sobre ele foi lançado a nossa culpa. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pela sua pisadura somos sarados.

O corpo e o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado.

Os quatro chifres do altar do holocausto

A bíblia descreve que nas quatro pontas do altar do holocausto tinha quatro chifres.

“Dos quatro cantos farás levantar-se  quatro chifres, os quais formarão uma só peça com o altar; e cobrirás de bronze.”  Êxodo 27:02

Muitas tentam interpretar o significado desses chifres. Porém, não existe um entendimento do que realmente é esses quatro chifres. Alguns comentaristas bíblicos especulam os sacríficos eram amarrados nestes chifres.

O que de fato acontecia era que o sangue do animal sacrificado era derramado sobre essas pontas de chifres.

Muitos entendem que eles representam a universalidade da graça de Deus em Cristo Jesus.

Há muitos relatos sobre a simbologia do número quatro. A bíblia descreve o número 4 sempre sobre eventos importantes. Existem 4 estações.

“Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.” (Gênesis 8:22)

Quatro direções  dos ventos ou confins da terra.

“E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra.” Isaías 11:12

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:8

Representam a universalidade da redenção quando Jesus deu a sua vida em resgate por todos.

“O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.” 1 Timóteo 2:6

“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.” Hebreus 2:9

Os quatro chifres: Autoridade e Poder

Os quatro chifres simbolizavam poder, autoridade e proteção.

O altar e os chifres demonstram de uma mesma maneira que O senhor e o seu poder estão extremamente ligado. E não há limites para o poder de Deus quando o sacrifício é realizado.

O derramamento de sangue sobre os chifres era uma ordenança do Senhor e ali havia poder ilimitado, pois o sangue representa vida.

Os quatro chifres: misericórdia e proteção

O altar era lugar de sacrifício com o uso dos quatro chifres para amarrar o animal para o sacrifício ao Senhor. Também era um lugar de refugio e proteção.

O homem acusado falsamente de assassinato poderia correr em direção e agarra-se aos chifres para sua segurança. Caso fosse inocente eles o protegeriam.

A bíblia relata exemplos de pessoas que se agarraram aos chifres do altar. Um desses, foi Adonias irmão do rei Salomão.

“Porém Adonias temeu a Salomão; e levantou-se, e foi, e apegou-se às pontas do altar”.  1 Reis 1:50

O outro foi Joabe, capitão do exército de Davi.

“E chegou a notícia até Joabe (porque Joabe tinha se desviado seguindo a Adonias, ainda que não tinha se desviado seguindo a Absalão), e Joabe fugiu para o tabernáculo do Senhor, e apegou-se às pontas do altar.
E disseram ao rei Salomão que Joabe tinha fugido para o tabernáculo do Senhor; e eis que está junto ao altar; então Salomão enviou Benaia, filho de Joiada, dizendo: Vai, arremete sobre ele.” (1 Reis 2:28,29)

Existia toda uma reverência ao altar e seus elementos pelos israelitas.

“Deus é o Senhor que nos mostrou a luz; atai a vítima da festa com cordas, até às pontas do altar.” (Salmos 118:27)

O altar do holocausto e a representação do Calvário de Jesus Cristo

Há uma relação especial entre o sacerdócio levítico e o sacerdócio de perfeito de Cristo. O primeiro é estabelecido por Arão na antiga aliança. O segundo e único sacerdócio é estabelecido por Jesus no novo testamento.

A obra no altar do holocausto já era um simbolismo do calvário de Cristo.

Lugar de Sacrifício e expiação

Ali a vida do animal inocente sacrificado encobria os pecados do ofertante afastando dele a ira de Deus.

Os sacrifícios somente tinham efeitos porque era um simbolismo perfeito do sacrifício de Jesus Cristo.

“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29)

Desde a fundação do mundo, Deus, por sua própria vontade ofereceu-se em salvação a toda a humanidade por meio do sacrifício do seu filho.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;” (Efésios 1:3,4)

“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” (Apocalipse 13:8)

O sacerdócio de Cristo

A origem do oficio sacerdotal relembra Melquesedeque, rei de Salém. Posteriormente com Arão, da família da tribo de Lei, no antigo testamento.

No novo testamento Jesus Cristo no calvário ergue-se como sumo sacerdote imaculado e superior a ordem de Arão.

Jesus é o novo e perfeito sacerdote.

O sacerdote levítico era imperfeito. Era apenas uma imagem temporária do verdadeiro sacerdote a ser oficiado em Cristo Jesus.

Jesus é eterno e santo. Ele nos salvou eficazmente através de um único sacrifício.

“Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque,
De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.
E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,
Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hebreus 7:21-25)

Que tal fazer Bacharel em Teologia sem mensalidades? Clique aqui!